segunda-feira, 2 de julho de 2012

Cap. 3 (Pt. 1) - Put your troubles aside, start livin!


Cap. 3
Parte 1



-“Então Aly, o que você quer saber?”
Eu e Jared estávamos caminhando pelo jardim, porque aquele médico esquisito disse que não me faria bem ficar o dia inteiro na cama. Não gosto daquele homem.
-“E então, fez muitos amigos lá?”
Ele fica quieto. Podia ver as engrenagens girando, enquanto ele decidia se ia me contar ou não. Foi realmente estranho, não porque ele sempre me contou praticamente tudo, mas porque era como se quisesse fazer uma pergunta, mas não soubesse se deveria fazer, foi muito estranho.
-“Terra para Jared, Terra para Jared!” digo estalando os dedos na frente dele.
-“Hã? O que?”
-“Amigos Jared, você fez amigos?”
-“Sim, fiz muitos amigos lá, e você, fez amigos?”
-“Só fiz uma, mas acho que ela tem pena de mim, então não conta.”
-“O que eu te disse sobre julgar as pessoas, Alice?”
-“Ta bom, então eu fiz uma amiga. Por que você demorou pra voltar? Não eram só 4 anos? Você esta 2 anos atrasado.”
-“Eu ia voltar, mas minha mãe ficou doente, e eu acabei tendo que ficar para cuidar dela, e passagens de avião são caras Alice, nem todos nós somos ricos igual você.”
Olhei para ele, sarcástica. Agora ia fazer piadinhas com minha herança? Como se eu quisesse ser rica.
-“Vamos mudar de assunto, sim?”
-“Claro.” Dava pra ver que estava tentando não rir “E como foi à escola? Não a abandonou né?”
-“Ah, foi o mesmo de antes, as pessoas me ignorando, escondendo minhas coisas, foi super divertido.” Digo sarcástica “Vamos para dentro, antes que Lyo me amarre naquela cama.”
Ele pareceu querer dizer algo, mas decidiu deixar para depois. Acho que dava pra ver escrito na minha testa que eu já estava cansada de ficar de pé por tanto tempo.
Quando chegamos à sala, Lyo já estava lá, de cara feia. Acho que também viu que eu estava cansada.
-“Eu disse para não cansa - lá Jared!”
-“A culpa não é dele Lyo, eu só não queria ficar na cama.”
-“Então sente-se Srta. Alice, eu vou buscar o chá.” Disse Lyo indo para a cozinha.
-“Mas então Alice, você desistiu da escola?”
-“Eu bem que tentei ir, mas depois que ficou óbvio que eu não tinha mais, como foi que eles disseram? Guarda costas? Isso, eles pioraram as digamos ‘brincadeiras’, a gota d’água foi quando me empurraram no Rio Marzo, eu quase me afoguei, se não fosse por Sharon eu com certeza teria me afogado. Depois disso Sharon começou a vir aqui para me ajudar a estudar em casa.”
-“Então Sharon é a sua amiga?”
-“Sim, mas Sharon brigava com o irmão toda vez que vinha me ensinar, e eu achei melhor ela não vir mais, ele já me odeia o suficiente, não quero dar mais motivos para ele me odiar mais ainda.”
-“Mas por que ele te odeia Alice?”
-“A sala não é lugar para falar sobre isso. Venha.” Digo puxando Jared “Não precisamos mais do chá Lyo.” Grito para a cozinha.
Levo Jared até a biblioteca, destranco a porta e entro, ainda puxando Jared, e tranco logo em seguida. Indico as cadeiras no fundo da biblioteca, longe da porta, só por precaução. Jared se senta na minha frente, me olhando como se tentasse arrancar a verdade. Suspiro, isso seria cansativo.
-“O irmão de Sharon, Brian, me odeia por que na cabeça dele, a culpada pela morte de Elise sou eu.”
Ele começa a falar, mas parece mudar de idéia, decide me deixar contar a historia toda, creio eu.
-“O que eu vou te contar não pode sair daqui, entendeu Jared?”
-“Claro Alice, não vou dizer nada para ninguém.”
-“Esta bem. Tudo começou a 600 ou 700 anos, não sei ao certo, com um homem chamado Lucas, ele era membro da Corporação, um grupo de pessoas poderosas que fazia praticamente de tudo, de ajudar velhinhas a atravessar a rua a tentar achar a cura de doenças. Lucas fazia parte da seção de cura, e avia se responsabilizado na cura contra a Peste Negra, numa tentativa maluca de salvar os filhos e a esposa, Rosa, da doença que já avia matado mais de 10 milhões de pessoas.
Durante cinco meses ele tentou, mas praticamente enlouqueceu quando a mulher e o filho mais novo, Daniel, morreram da doença. Ele não ligava mais para a Europa, só queria salvar o filho mais velho, Arthur, de ter o mesmo fim que a mãe e o irmão. Um ano depois Lucas acreditou achar o antídoto. Três dias depois pegou a doença. Injetou o suposto Antivírus nele mesmo para testá-lo, e deu uma dose para o filho, caso funcionasse. Lucas morreu cinco dias depois.
Arthur não teve a mesma sorte, o remédio não teve efeito no pai, mas trouxe efeitos colaterais para o filho, que tomou uma dose muito maior que o pai. A Corp. encontrou Arthur desmaiado no laboratório de Lucas.
Levaram-no para a seção de cura, que ficava no subsolo, e fizeram testes e experiências no garoto. Eles chamaram isso de Operação Striker.
Arthur conseguiu sair vivo de lá, e meses depois, praticamente incinerou 65 milhões de pessoas. A Corp. ficou desesperada, tentando descobrir como um garoto de onze anos matou tanta gente. Eles ainda não sabem como. Começaram a chamá-lo de Anjo da Destruição.
Mas a Corp. não é do tipo que desiste ou muito menos que aprende com seus erros, continuou com os experimentos, desta vez em uma menina de cinco anos, que também conseguiu sobreviver. Ela ganhou o incrível dom da tele cinética. Mas o interessante era que, toda vez que usava o dom, os olhos dela ficavam azuis, e os cabelos da mesma cor. Alguns meses depois eles testaram em outras crianças, algumas morreram. Das dez que sobreviveram quatro também ganharam alguns poderes, e passaram a se chamar Strikers. Mas o que chamou a atenção da Corp. foi um menino de sete anos que ficava isolado das outras crianças, que quando usava os poderes, as coisas que estavam ao redor simplesmente quebravam, ou olhava para um funcionário qualquer e este se jogava no chão gritando como se estivessem quebrando todos os ossos dele, e na maioria das vezes era isso que acontecia. Quando o menino completou dez anos, ninguém conseguia pará-lo, qualquer um que ficasse na sua frente ele fazia sofrer. Mas uma menina, também de dez anos, tinha o estranho dom da imunidade, não importava quantas vezes o garoto tentasse, ele nunca conseguia feri - lá.
Quando ficou óbvio que o menino tinha o mesmo dom que Arthur, eles nomearam a garota de Caçadora, que deveria ‘domar’ o garoto, para que ele não perdesse o controle. Mas a Corp. não tinha como impedir deles se tornarem amigos, estava preocupada com um assunto muito maior. Os outros Strikers começaram a perceber que a Corp. só queria usá-los, e não aceitaram ser objetos. Armaram um plano de fuga e, após fugir, espalharam-se pelo mundo, para dificultar a perseguição que foi iniciada.”
-“E onde entra Sharon e o irmão nisso?”
-“Vou chegar lá. Como estava dizendo, a Corp. perseguiu os descendentes dos Strikers originais por séculos, porque alguns nasciam com algum dom mesmo que fraco. Há quarenta anos, dois Strikers resolveram ficar juntos, Joe tinha o dom da vidência, e Jamie o da telepatia. Joe teve três filhos, um menino chamado Guilherme, e duas meninas chamadas Elise e Catherine. A Corp. os perseguiu com mais vontade por ser uma família grande e fácil de localizar. Durante sete anos conseguiram fugir. Um dia Joe teve uma visão da Corp. capturando os filhos, e decidiu que era muito arriscado continuar todos juntos. Para protegê-los os deixou com uma amiga, Emily Harrison, para que cuidasse deles enquanto ela e o marido despistavam a Corp.. Naquela época a família Harrison era mais poderosa que o próprio governo, e ninguém se atreveria a tocar nos filhos de Joe. As crianças entraram na sociedade como filhas de Emily, que já tinha um filho de 14 anos.
Joah não gostava dos filhos de Joe, por a mãe estar sempre preocupada com eles.
Num ato de inveja, ele armou um plano para que a Corp. pudesse pegar as crianças. Mas Guilherme conseguiu proteger as irmãs, escondendo-as e se rendendo em troca da liberdade delas. Quando viu que o plano não dera certo Joah fugiu. Emily entrou em depressão por não cumprir o único favor que amiga pediu e pela fuga do filho.

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Ignorem os erros e me digam o que acharam ^.^

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